domingo, 22 de agosto de 2010

No estaleiro....

Muita coisa já foi feita mas tem muito ainda a fazer. Mas tudo a seu tempo.

Segue abaixo algums fotos atualizados do Dojão e um vídeo do bicho funcionando.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Trato no V8

Com o motor fora do Dodge resolvi recuperar sua aparência, ou melhor, dar uma nova aparência para ele. Acho as cores originais dos motores Dodge muito sem graça e sempre quis personalizar um motor ao estilo old school.
Como tudo tem uma história, esse motor também tem uma que aconteceu no transporte dele para o estúdio. Contratei um cara pra levar o motor numa chevy 500 já que o mecânico me emprestou a mulinha (macaco hidraúlico utilizado para retirar motores) para facilitar o transporte e a pintura dele. Só que o cara era um louco!!! colocamos o motor e a mulinha na chevy de modo que ele foi meio que pendurado. pois bem eu fui de moto atrás da chevy do cara e no meio do caminho, resolvi pegar um atalho visto que o caminho original estava um pouco engarrafado, pensei que estando de moto chegaria muito primeiro ao destino porém, para minha surpresa, ao chegar verifiquei que o cara não só já tinha chegado como já tinha descarregado o motor e já estava de saída!!! caramba! até hoje não sei como ele conseguiu chegar tão rápido assim. Será que ele usou o V8? rsrsrsrs....

Seguem abaixo as fotos do antes e depois.



Peças... começa o desafio

Tudo muito bom, tudo muito bem mas... e as peças? onde achá-las? quanto custa? minha cabeça estava cheia de dúvidas então parti para a internet e confesso: não é nada fácil garimpar a lista de peças que o mecânico mandou. O berço, balança e o radiador consegui na própria oficina, as buchas da supensão comprei pela internet originais. Já as buchas do jumelo tive que mandar fazer no torneiro.Os demais itens como bateria e pneus. são relativamente faceis.
Pesquisando na internert achei uma tabela  de equivalência de peças do Dodge com demais carros que ainda encontramos rodando por aí. Não sei o grau de precisão da equivalência mas acredito que possa ajudar num momento onde parece impossível de encontrar determinado ítem. Segue abaixo a tabela.

Levanta sacode a poeira e dá volta por cima

Quando chegou na oficina o dojão foi logo recebendo um belo banho pra tirar as teias de aranha e poeira do tempo em que ficou enclausurado no estacionamento da fábrica desativada, interessante ressaltar o despertar de interesse do meu amigo dodgeiro que se apressou em dar o banho no bicho mesmo sendo zuado pelos seus funcionários que disseram que ele nunca faz isso em seus carros. Após um tempo meu amigo confessou que o dojão despertou nele a vontade de retomar os seus projetos com seus dodges que estava a muito adormecidos. Ele me disse ainda que Dodge é um vício incontrolável "uma cachaça" e que eu estava contaminado.
Após o banho tive a grata surpresa de confirmar que o carro realmente é muito íntegro, tendo poucos pontos de ferrugem e podres de fácil conserto. Já a parte mecânica reservaria grandes surpresas que irei contar no próximo post.

Continua...

Expectativa do reencontro

A partir do dia que fechei o negócio não consegui mais me concentrar em outra coisa a não ser como tirar o carro de lá e onde colocá-lo.
Primeiramente decidi levar para uma oficina onde o carro pudesse receber um tratamento completo. Decidi levar o carro para a oficina de um amigo Dodgeiro que além de conhecer tudo sobre o carro, poderia também fornecer as peças necessárias para iniciar o ressurgimento do dodge. Providenciei um reboque e juntamente com meu amigo Dodgeiro fui buscar a máquina.

Realizando o negócio

Após a verificação do funcionamento do carro começa então a negociação da venda , conversa daqui, propõe de lá e após algumas horas chegamos a um consenso e fechamos o negócio. Esse é o resumo da coisa toda porém fica a dúvida: Mas afinal, quanto vale um carro antigo? Sei que existe uma bolha dos valores cobrados na venda de carros antigos e essa bolha está cada vez maior, valores exorbitantes são ditos em eventos e feiras de antigos espalhadas pelo Brasil a fora portanto, devemos considerar alguns aspectos:

- Carros exibidos em feiras e eventos geralmente não são exatamente uma boa opção devido ao ambiente especulativo que se apresenta.
- Sites especializados também não são uma boa opção, pois também seguem a tendência da bolha.
- Proprietários apaixonados pelos seus carros também não são uma boa opção afinal eles só irão vender por um bom motivo $$$

Aconselho a busca por automóveis de viúvas (mas cabe aí uma grande dose de persuasão), garagens costumam ser um celeiro de oportunidades. Cidades do interior também guardam carros incríveis a preços interessantes.
Mas por onde começar??, comece se enturmando com o pessoal da ferrugem, converse tente extrair informações e boa sorte!

Voltando ao Dojão:

Após a consolidação do negócio combinamos que o veículo ficaria no estacionamento por mais duas semanas, tempo necessário para definir seu próximo paradeiro.

continua...

Despertando o gigante

Meu irmão conversou com o administrador do estacionamento e conseguiu o telefone do proprietário do Dodge e me passou o numero. Confesso que não fiquei alimentando esperanças quanto a possibilidade de adquirir o Dodge, porém liguei para o dono que informou que estava afim de vendê-lo e que se prontificou de mostrar o veículo em funcionamento.
Marcamos a visita para sábado no estacionamento pela manhã. No horário combinado lá estava eu e meu irmão ansiosos quando avistamos o proprietário que nos conduziu ao local onde estava o dodge. Chegando lá o dono abriu o carro e pela primeira vez tive acesso ao seu interior e para meu espanto estava bem original e quase intacto! Forro do teto, forração das portas, bancos tudo em ordem. verifiquei apenas dois rasgos na forração do banco traseiro devido ao ressecamento do material em contato com o sol.
O capu foi aberto e o adormecido motor V8 318 foi exposto para minha alegria. Passei a observar detalhadamente o cofre do motor, a plaqueta de identificação a fiação elétrica e tudo mais que fosse possível naquele ambiente mal iluminado.
O proprietário me disse que o carro estava com o carter avariado mas que isso não impedia de colocar o motor pra funcionar desde que colocássemos óleo. Diante disso decidimos acordar o V8 adormecido. Providenciamos gasolina, bateria, óleo e ligamos o V8 que rugiu furiosamente despertando sorrisos de contentamento. Para minha surpresa ao tirar o pé do acelerador escuto a marcha-lenta tranquila do V8. Começo a verificar o funcionamento dos ítens elétricos e mais uma surpresa, tudo funcionava ! farol, lanternas, luzes do painel. O proprietário me disse que o carro tinha sua parte elétrica toda em dia.
Mas como isso não é um sonho, o dojão guardava também outras surpresas....

Continua...

Inicio de tudo....

Sempre pensei em relatar minhas experiências com automóveis e a partir de agora é o que pretendo fazer nestas páginas, contando histórias, causos e disponibilizando informações úteis para aqueles que pretendem se aventurar no mundo da graxa.

Inauguro este blog com a história do meu enferrujado Dodge Dart 1976.

Tudo começou quando meu irmão chegou com uma história que tinha visto um dojão largado num estacionamento e me chamou pra dar uma olhada. No começo não dei muita atenção imaginando que seria perda de tempo, pois se o carro estava num estacionamento, provavelmente estaria aguardando uma restauração e coisa e tal.
Mas um belo dia, a curiosidade atiçou e eu quis saber mais sobre este carro, que pelo relato de meu irmão era bastante interessante. Liguei para ele e fomos ao estacionamento que funciona em uma fábrica desativada, um local este que sempre tive curiosidade de conhecê-lo e agora mais ainda.
O estacionamento funciona em duas áreas com acessos distintos uma área para rotativo (a qual já conhecia) e outra com acesso restrito que seria para os mensalistas.
Fizemos contato com o assombroso, um funcionário do estacionamento que é conhecido do meu irmão e pedimos a ele que nos mostrasse o dodge amarelo.Seguimos então para a área restrita do estacionamento por meio de escadas e corredores da antiga fábrica onde o aspecto mais parece o de um cenário de filme de terror, salas abandonadas e corredores com infiltrações. Ao chegarmos numa ala que se estendia num extenso pavilhão vazio, vi de longe um carro amarelo bastante empoeirado e me encaminhei até ele. Á medida que ia me aproximando do carro ia percebendo as suas formas que iam me fascinando a cada passo, até que pude vê-lo por inteiro. Confesso que fiquei fascinado logo no primeiro momento que o . Seu aspecto apesar de empoeirado não era ruim, não identifiquei podres ou pedaços faltando, seus detalhes estavam todos lá. Frisos, faróis, lanternas rodas originais fui lentamente observando seus contornos com olhos curiosos e fascinados por aquela máquina. Por um instante me empolguei me imaginando dono dele. Mas num lampejo de clareza, saí do transe e concluí: O dono deste carro não vai vendê-lo, afinal ele nem estava a venda, eu era apenas um curioso desbravando um estacionamento a procura de um carro interessante. Será que ele realmente estaria a venda?....

Segue agora algumas imagens do Dodge amarelo no limbo.



A história continua no próximo post.



Sejam bem vindos ao Velhos e Furiosos.